quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Báu de guardados.

"Trago, fechado no peito,
um baú de guardados.
Mas basta um som de flauta,
um dedilhar de piano,
o acorde de um violão,
o cristal de uma voz
e todas as comportas
se abrem
e me descobrem
levando de roldão
tudo que cabe
nesse cofre desvendado,
o coração."
 Ná Ozzetti

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Há resposta meu anjo ?!

Porque me fizestes tão ansiosa e medrosa?!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Sem gol e fora do jogo.

Aos 45 do segundo tempo, depois de marcado um gol, o juiz apita. "- Impedimento !!"
Depois da minha frustração, ganho um cartão amarelo que me garante uma expulsão da partida, e em algum lugar do corpo espiritual uma nova ferida que arrebentou os pontos reecosturados.


Supervalorização não cabe !

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Monólogo do povo- Chico Buarque

" Muito bem Jazão. Você é poeta, perigoso, porque de repente esta dando as palavras a intenção que interessa você. Só que essa ansiedade que você diz, não é coisa minha não. É do infeliz do teu povo, ele sim que anda aos prantos pendurado na quina dos barrancos. Seu povo que é urgente, coisa cega, coração aos pulos, pois carrega um vulcão amarrado pelo umbigo, ele então não tem tempo, nem amigo,e nem futuro, que uma simples piada pode dar em risada ou punhalada, como uma mesma garrafa de cachaça acaba em carnaval ou em desgraça. É seu povo que vive de repente porque não sabe o que vem pela frente então ele costura fantasia, sai fazendo fé na loteria, se afinhando, se esguelando no estádio, bebendo no gargalho, pondo no rádio sua própria tragédia a todo volume, morrendo por amor e por ciúme, matando por um maço de cigarro, e se atirando debaixo do carro. Se você não aguenta essa barra tem mais é que se mandar, se agarra na barra do manto do poderoso crionte e fica lá em pleno gozo de sossego, dinheiro, e posição com aquela mulherzinha. Mas Jazão, já lhe digo o que vai acontecer, tem uma coisa que você vai perder que a ligação que você tem com a sua gente, o cheiro dela, o cheiro da rua. Você pode dar banquete Jazão, mas samba é que você não faz mais não, não faz.. e é ai é que você se atocha, pq vai tentar, e sai samba ruim. essa é a minha maldição, gota d’água nunca mais seu Jazão, Samba? aqui oh... Nunca ! Você não engana ninguém, nunca !! Gota d’água ? NUNCA MAIS ! (Desesperada)/(Choro)Vai! Vai ! Vai atrás dela vai ! Corre,não é essa a sua grande ambição? Depressa! Bebe, come, lambe, goza...  mas se quem faz justiça nesse mundo me escutar, esse casamento imundo não vai haver não, por falta de esposa. (Gritando)"
OBS: Pra quem não conhece vale a pena ouvir. Pra que estava a procura, digitei por não ter encontrado disponível na Web. Divirtam-se !
Aproveito pra divulgar o meu outro blog de arte(Haverá comentários de arte em geral galera!)http://focoemarte.blogspot.com/

sábado, 23 de outubro de 2010

Catarse

Eu acho que todo ser humano, que teve uma pré-adolescência regada de amigos, trabalhos de escola, e flertes "inocentes", teve um primeiro amor.
Enfim, decorrente de algumas lembranças, é que me motivei para escrever sobre um amor que tive na 8ª série. Meu primeiro namoradinho. Eu acho que nunca tive um amor tão intenso e tão simples. A gente só andava no recreio abraçados, eu lembro que ele usava um perfume que eu amava, de soltar um sorriso toda vez que eu sentia. E nós viviamos num intenso e conturbado romance. Todos os dias, brigávamos e nos reconciliávamos. Eu lembro que fiquei minha oitava série inteira sentando na porta, pq ele sempre passava pra segurar a minha mão, ou manda um beijo. Eu lembro também que a gente tinha feito um trato, que no término mandaríamos um depoimento um pro outro, meio que deixando registrado o que cada um aprendeu, e como marcamos as vidas um do outro. Engraçado, que me peguei sorrindo só no fato de estar escrevendo isso.
 O mais lindo disso tudo, é que ate hoje não deixamos morrer essa beleza que se perpetuou no nosso encontro. Somos amigos, nunca mais ficamos de fato desde o término, eu na época com 13 anos e ele 17, mas ate hoje, se sentamos pra conversar é batata... 30 min. depois estão os dois com sorrisos rasgando a face lembrando de mais, e mais, e mais detalhes, e reconstruindo cenas que passaram e ate mesmo montando algumas caso tivessemos ficado juntos, lindo não sei explicar.
 Enfim, eu posso dizer que tive meu primeiro amor.

sábado, 18 de setembro de 2010


...
´A vida rolando por aí feito roda-gigante, com todo mundo dentro, e eu aqui parada, pateta, sentada no bar.´  Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

 Eu simplismente estou anestesiada. Todo o meu corpo. Meu pensamento, meus sentidos, minha razão.
Eu sentei, com a mão sobre o joelho direito enquanto ouvia ele falar sobre todos os estudos dele de desenho, pintura,gravura.... Cezanne, Rembrant..... E eu ali. Naquela situação. Só me apaixonava mais.E me destanciava mais dos encantos dele pq eu descobrira poucos minutos antes que existia uma imensa barreira entre nós, qua nem cabe ser dita aqui pra não acabar toda a magia... enfim. Deixa eu calar.


Registro horas antes.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Mas... e as avós ?!

Estava me questionando mais cedo sobre a posição das avós na nossa cultura. Engraçado que quando alguém diz que vc é filho da ... e xinga a sua mãe, vc vem com três pedras na mão.Como diria o Chico ".. se alguém me desafia e põe a mãe no meio, dou pernada três por quatro e nem me despenteio..". Mas e as avós ? O que eu mais ouço é: "-Ah, é a sua avó!"  "-Taca na vó ." "-Vai com a vó". Sinto que a vontade é de mandar tacar a mãe, mas canalizam isso para a pobre velhinha. Ora, avó não é mãe duas vezes ? A relação não deveria ser inversa? Vai entender... 

O que se perpetua.

Sempre que posso, me questiono sobre algo que me afete demais.
Hoje me remeti aos meus sonhos, e me peguei analisando como eles sofreram consideráveis modificações.
Fui mais pra trás, e peguei-os quando ainda prematuros... mais especificamente quando eu era pequena, e me surpreendi. De tantos, e tantos sonhos que já tive, e que no decorrer do tempo foram se adaptando as transformações que eu sofri, um desses não mudou praticamente nada. Esta por completo o mesmo.
Morar sozinha.
Me peguei mais uma vez em uma dessas lojas de móveis, construindo cada cantinho, ao ponto de que se um amigo visse a montagem, na hora identificaria "- Essa ai ? Ah, tem a cara da Deisi.".
 E me peguei delicadamente montando as cenas. Os dias, as noite chegados do trabalho, os ensaios do teatro em casa, os dias inteiros no cantinho de trabalho estudando e trabalhando nos meus projetos, as noites de amor, os jantares com a família, os dias de faxina e mudança de móveis, os verdadeiros acampamentos montados no decorrer de cada cômodo infestado de amigos bêbados... e no meio de todas essas cenas, me recordei de outro ponto crucial, eu estava sempre sozinha. Em nenhum momento casada com filhos e dois cachorros gigantescos. Talvez um namorado alojado em casa, mas so momentos maravilhosos: jantar, filme,ajuda nas gigantescas leitura de textos, artigos, livros, banho, cama. Jantar, filme,carinhos, banho, cama. Jantar, filme,risadas, banho, cama.
 Vim pra casa correndo numa chuvinha rala, e só tirei o tênis, liguei o forno, pus a lasanha pra esquentar e vim registrar essa observação esplêndida sobre um sonho sempre nutrido, ao som por acaso de uma música que é muito mais que uma identificação pessoal.

"Como um brotinho de feijão foi que um dia eu nasci,
Despertei cai no chão e com as flores cresci.
E decidi que a vida logo me daria tudo
Se eu não deixasse que o medo me apagasse no escuro.
Quando mamãe olhou pra mim, ela foi e pensou
Que um nome de passarinho me encheria de amor
Mas passarinho se não bate a asa logo pia
Eu que tinha um nome diferente já quis ser Maria
Ah, e como é bom voar ..." Passarinho- Tiê

sexta-feira, 2 de julho de 2010

quinta-feira, 1 de julho de 2010

São coisas que eu preso.

Eu gosto. Eu gosto de tomar banho depois de acordar, de falar sozinha enquanto me arrumo, como, estudo, trabalho, durmo.Eu falo, falo, falo. Grito. Imagino. E, falo, falo, falo.
Gosto de assistir filmes, desenhos , de comer comida com banana, de capuccino no frio, de açai no calor, de legumes e vitaminas sem açucar. Eu gosto de ser boa pras pessoas, de ler um bom livro, e de cantar Raul pra lembrar do meu pai. Gosto de explorar o cenário: praia a noite, suco de melão, boa música, e (nessa parte serei sincera. Ela se modifica bastante) alguém por perto. Seja um grupo de amigos, um pintor, um ator, um escritor, enfim, o amor platônico da vez. Gosto de comer chocolate, de dançar muito e projetar meu futuro. Tenho necessidade de palco, e de ser compreendida, embora as vezes isso não aconteça, eu utilizo de espaços como este, para finalidades afins. Gosto das minúcias. De mãos, respiração, carinho nas costas, e besteira no ouvido. Gosto de pessoas que pensam grande, de feministas não extremistas, e de amigos que põe a mão na massa. Gosto de não ser julgada, e me orgulho de mim quando não julgo. Eu gosto mesmo de não julgar.
Eu amo afetar e ser afetada. Gosto quando sou percebida num lugar, e adoro não perceber quem não merece meus sincero olhares.
Eu gosto do frio na barriga de viajar, de dirigir, de jogar peteca, de entrar no palco.
Gosto de me imaginar mais velha. Independente, cheia de história pra contar, e com marcas delas.
Eu definitivamente não gosto de ter medo, mas quando o tenho, por alguns momentos eu me encolho, penso numa saída rápida, com um pré-plano B, e "levanto, sacuda a cabeça, e dou a volta por cima". Gosto de ter planos extras. E eu realmente uso do alfabeto ao meu favor. Hummm.. cheiro de café, eu amo cheiro de café. Sol de manhã, e bem a tardinha. Frio sem chuva. Gosto de relembrar velhas manias de quando criança do tipo: não pisar nas linhas do chão, cuidar das formigas, ou chorar quando batiam na parede, de falar com um amigo imaginário, e de cortar o cabelo da Barbie para mudar o visual de vez em quando.


sexta-feira, 25 de junho de 2010

"- Pára, pára, pára, pára..."
"- Agora põe os pés no chão, por favor !"

Os planos são claros na cabeça, mas quando concretos são mais dolorosos.
Almeje. Não tenha medo. Às vezes parece que tudo está indo ao contrário do que foi imaginado...
Silencia teu coração. Isso só é a estrada, te mostrando se é aquilo mesmo que se quer... então, aproveite pra sonhar. Rir dos sonhos, com os sonhos.
Imagine o momento, a canção, as cores, as flores...
Escreva-os e os tranque em algum lugar. Abra-os daqui uns anos... e veja o que ainda continua no lugar !

".. Tente lembrar quais eram os planos
Se nada mudou com o passar dos anos
E me pergunte o que será do nosso amor?.." Thiago Pethit


Laraiá, laraiá.. ♫ 

  

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Orientando-os.

Cada vez que venho aqui, venho mais completa. Com um sonho à mais, uma informação à mais, um passo à mais. Hoje usarei o Jeep amarelo como um diário de bordo, ou ate mesmo como um caderno de "fichamento particular."
Estou trilhando a minha estrada. Bem calmamente.
Vamos pontuar algumas novidade aqui:
• Faculdade- Está ótima, cada vez mais tenho certeza de que estou no caminho certo
• Voltei pro Ballet. Não tenho saída, preciso dele nos próximos anos.
• Estou sonhando cada vez mais intensamente. Vocês não tem noção dos estágios que minha imaginação já alcançou. Em dias mais livres, venho e transformo tudo em histórias e metáforas pra que atisse a cabeça de vocês.
• Ainda estou na CIA (Companhia de atores bailarinos), embora indo só um dia, eles que estão me dando um suporte, um refúgio. Sinto saudades de tudo, vale lembrar.
• Estou com a glicose alta, pra variar um pouco.Automaticamente, estou sem açucar, e sem combinações extravagantes de carboidratos. Isso vai influenciar na oscilação do meu humor. =(/)
• Estou caminhando todos os dias. Mas irei trocar as caminhadas ao ar livre, pelos cubos brancos e barulhentos da academia. Preciso ganhar força muscular.

Enfim, sinto saudades de escrever aqui. Embora eu nunca, efetivamente, exponha a minha vida, a fiz hoje como justificativa do meu sumiço.

AHHH, Vale registrar uma coisa. Fui, finalmente em Nova Iguaçu. rs
Aniversário surpresa da Mayra.
A propósito, Jeep amarelo, foi maravilhoso reencontrar vocês. Amo cada um, na sua individualidade.Vocês sustentam a minha energia.

 Fiquem com Deus, preciso dormir. Hoje tive aula do Diego Dantas, isso significa, não tenho virilha.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Prudência !

Engraçado como as coisas acontecem ao acaso.
Hoje fui surpreendida por duas ações totalmente distintas, e que me afetaram em conjunto, em complemento.


Metro de Botafogo às 11 hs da manhã. Um grupo de crianças entre 7 e 10 anos, abordavam as pessoas que entravam e saiam do metro, oferecendo-lhes umas sementes de Crotalária,uma espécie pequena de leguminosa, em prou da sustentabilidade. 
Um menino. Cabelos negros e olhos amendoados, me avista de longe, enquanto eu sorria pras outras crianças. Talvez tenha feito uma cara de solicita, que não percebi. Ele se aproxima com um sorriso apertado, segura a minha mãe, beija, e me oferece a semente. Aceito. E saio caminhando para o Metro com todas aquelas crianças correndo, e fazendo o trabalho como verdadeiros responsáveis pelo futuro.
Rindo ainda pela cena do menino, me lembrara de um história que acabara de ouvir minutos antes, sobre o Bambu Japonês.
Este, demora em média uns 7 anos sem brotar uma folha se quer, decorrente de sua enraização no solo. Entretanto, posterior a esse período, o Bambú chega a crescer 30 metros cerca de seis semanas. 


Enraizar. Genial não ?
A necessidade de um resposta é tão urgente que esquecemos que temos a necessidade de nos solidificar !
Isso é mágico !
E perdemos essa delícia que é o processo de auto-conhecimento, e auto-conquista.
Paciente !

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Equilíbrio

Constantemente tento buscar uma expressão ou palavra que me sintetize numa fase.
Acho que encontrei bem o que tenho buscado nessa nova fase. Equilíbrio.
Equilíbrio com um tom de discernimento.Lapidar as oportunidades, conter um pouco os sonhos que saem pelas frestas das mãos, olhar mais carinhosamente para os desejos. Almejar com delicadeza. Delicadeza de entender que as coisas tomam sim outro rumo, e que se adaptar a essas artimanhas do destino e tão válido quanto nem ter as conhecido.
Equilibrar os tropeços com a vontade de levantar e correr, faz toda diferença.
Buscar entender, não de imediato, formas diferentes de cuidar desse corpo andante, que respira, tem necessidades de espiritualidade, e  que tem necessidade de entendimento, de fortaleza. Mas sim com a delicadeza de se redescobrir, de se conhecer... buscar o alto-conhecimento. Tão rico e tão pouco explorado. Entender esse corpo andante, vai além de deixar de sofrer em alguns pequenos casos. É aprender a se guardar, a proteger com todas as energias, esse templo sagrado.
Equilibrar tudo que é absorvido, visto, ouvido. Deixar de se afetar com planos, e sonhos interrompidos.Isso é auto-conhecimento. Ter o controle. Ter a dimensão. Ter o equilíbrio.Faça seu contra-ponto.     


quarta-feira, 31 de março de 2010

Por insistência.

Por insistência aprendemos, que enfiar o dedo em ventiladores e tomadas machuca. E que ir contra o que os irmãos mais velhos dizem, só nos traz dor de cabeça, no sentindo literal da dor. Aprendemos que dormir as sonecas no meio da tarde, nos deixa cada vez mais elétricos no final do dia, e que não adianta, o açucar vai estar no auje do seu efeito. Por insistência, aprendemos a dividir as coisas, de mais apego, só para nos socializar. E depois de emprestarmos e nos darmos conta de que aquele precioso brinquedo foi quebrado nos vemos desnorteados, sem saber o que fazer. Há uma chuva de diferentes sensações no nosso corpo. Mas por insistência,  voltamos a brincar depois que ninguém deu ouvido as nossas pirraças e acusações.
Por insistência, dividimos as nossas páginas de diário, nossas prizilias coloridas, e os dotes culinários de nossos pais no lanche da tarde, depois que fizemos a maquete de ciências, todos no terraço de casa e com tinta pelo corpo inteiro.
Por insistência, contamos os acontecimentos mais secretos, que naquele tempo, teriam consequências gigantesca caso alguém soubesse, mas por insistência contamos, e nos decepcionamos, pois dá mesma forma que nós não guardamos um fardo, o outro tb quer dividi-lo com alguém, seja ele seu, ou não.
Por insistência trilhamos estradas, e deixamos amigos. Conquistamos espaços inimagináveis. E rimos mesmo, e choramos mesmo. E lutamos mesmo.
Mas por insistência de que, afinal ?Insistência do acaso! As coisas tem a necessidade natural de acontecer da forma mais assustadora.Da forma mais inusitada e cheia de signos e adjetivos.
             "..Seria mais fácil fazer como todo mundo faz. O caminho mais curto, produto que rende mais..Mas nós dançamos no silêncio, choramos no carnaval.." Engenheiros do Hawaii

quinta-feira, 11 de março de 2010

Uma luta pela vida !

Grupo Local Celebra o Dia Z, um evento de Conscientização Global

Rio de Janeiro, RJ – 11 de março de 2010
Sábado, 13 de março às 18h, na praça Cazuza, Leblon, Av. Ataulfo de Paiva, próximo ao nº 1292.

Os membros do Movimento Zeitgeist do Rio de Janeiro irão apresentar um evento aberto à comunidade em homenagem ao Dia Zeitgeist (Abreviado: Dia Z). O Dia Z é um dia de conscientização mundial, que ocorre anualmente no mês de março. Seu objetivo é expor as raízes dos colapsos financeiro, ambiental e do mercado de trabalho em andamento no mundo, que não são discutidos nos meios de mídia populares ou nas academias, e conscientizar sobre a proposta de uma solução que envolve a aplicação criativa da ciência e tecnologia em benefício social em escala global na forma de uma economia baseada em recursos.
Neste evento no Rio haverá cartazes, distribuição de flyers e também DVDs para quem estiver passando pelo local e se interessar. O evento também funcionará como uma grande conferência para todos os membros do Movimento Zeitgeist Rio.
Este ano, esperam-se aproximadamente 500 Dias Z simultâneos em mais de 70 países ao redor do mundo. O principal deles acontecerá em Nova Iorque – EUA, com ingressos já esgotados, onde o fundador do Movimento Zeitgeist e premiado produtor de filmes independentes Peter Joseph irá discursar para uma audiência em um palco com o mundialmente reconhecido Leonardo da Vinci de nossa época, o designer industrial e engenheiro social Jacque Fresco, autor e fundador do Projeto Venus. Junto a eles estará a sócia de Jacque, Roxanne Meadows e organizadores mundiais do Movimento Zeitgeist selecionados. Este evento será exibido ao vivo online, podendo ser visto por um link disponível no site global do Movimento Zeitgeist: http://www.thezeitgeistmovement.com Para informações sobre todos os locais onde haverá Dias Z, visite: http://www.ZDay2010.org
Neste Dia Z, o Movimento Zeitgeist irá celebrar o aniversário de 1 ano como braço ativista do Projeto Venus com aproximadamente 370 mil membros mundialmente, demonstrando ser o movimento de mais rápido crescimento do mundo, e um movimento de mudança social para cruzar todas as barreiras de nações, governos, raças, religiões ou classes. Defensores do Projeto Venus esforçam-se em direção a declaração de todos os recursos da Terra como patrimônio comum de todas as pessoas do mundo, e apoiam a noção de que: “através da aplicação humana da ciência e tecnologia no design social e processo de tomada de decisão, nós temos os meios de transformar nosso atual ambiente tribalista, repleto de corrupção e voltado à escassez, em algo extremamente mais organizado, equilibrado, humano, sustentável e produtivo”Peter Joseph, Guia de Orientação Ativista, 2009). Os ativistas do Movimento são à favor de nos movermos de um sistema monetário para uma economia baseada em recursos como uma forma de criar abundância de recursos para facilitar a eliminação dos crimes, pobreza, poluição e guerra.
O Movimento Zeitgeist Brasil, divisão do Movimento Zeitgeist realiza reuniões semanais regulares para discutir esforços ativistas a fim de educar a comunidade sobre as raízes dos problemas do sistema atual e como o Projeto Venus aborda a resolução desses problemas, aplicando o método científico no design social a fim de sustentar tanto a humanidade quanto preservar o Planeta Terra.


terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Um sonho de criança

"...Descobrir que eu rosto envolto de doce de leite e açucar maskavo, é mais agoniante do que batom da avon 24horas, e que o sol escaldante te faz preferir a chuva, ou que tanta pessoas passam ao seu lado e vc nunca se perguntou o que ela estaria fazendo, pra onde ela estaria indo, e pq os sorrisos, as caras tristes, de indiferença, amarradas, se elas ja fizeram alguma coisa que as condenem ou se ja ajudaram uma velhinha a travessar a rua
que quando vc olha em volta e percebe que mesmo com todo mundo vc esta sozinha, e que mesmo achando estar sozinha, nunca vai estar... Pq apesar de longe eu vou estar aqui, nem sempre a sua frente, mas sempre ao seu lado. Vc acha uma barraca de sementes, e começa a barganhar o preço com a vendedora imaginado o tipo de cordão, pulseira ou sabe lá mais o que poderia com tantas cores e formas
vc avista um guri bonito e imagina mil besteiras, me ve olhando pra bunda de uma gostosa qualquer e ri me chamando de safado
eu pergunto o que foi, e indago a perguntar pq vc pode admirar um cabeludo e eu não posso ver uma bunda flutuante.

Vemos artistas de rua, vc me mostra passos de bailarina, e eu minha inutilidades, vc me apresenta Mikhail Baryshnikov, eu te apresento venusvolts.
Comemos pipoca e eu me engasgo com essas malditas sementes, digo odeio pipocas, elas são do inferno, vc concorda e complementa que os mosquitos tbm são.
Tentamos invadir o museu dos escravos pois ele vive fechado
Dizemos ser do Sul, e ele nos apresenta mil coisas que ja conhecemos, mas vale a visita
sentamos no bar da esquina, onde os bebados e bohemios vão depois dos cabaret 
afogar seus prazeres que não tem a noite
e o dia acaba novamente no metro, vc deita no meu colo, e pede pra te fazer carinha cantando Ludov ou Jay Vaquer, vc cantarola comigo mas em voz baixa pois tem vergonha, eu levanto e danço poledance pra ti, só pra te ver vermelha, mas vc se empolga e eu fico sem graça, pois vc émelhor nisso do que eu.
E infelizmente chegamos a estação final, nos despedimos e cada um pro seu lado
mas lembrando do dia fantastico que passamos, mesmo que seja só na ficção, mas vale um dia na imaginação do que uma eternidade sem vc..."

Por: Paulo Victor Serzedelo Machado. 




segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Baseada em fatos reais ! [2]

Luz,Luz,Luz,Luz,Luz,Luz,Luz,Luz,Luz,Luz,Luz,Luz,Luz,Luz,Luz,Luz,Luz,Luz,Luz,Luz,Luz,Luz,Luz,Luz...

Certa vez fui questionada pelo significado da Angustia. Se esta era bom ou ruim. De relance, pensei em imediato que era algo ruim. Algo que parece estar preso, abafado, inseguro, doloroso... isso é ruim. Logo depois, fui questionada se a tal angustia ruim, não seria uma fonte de inspiração ?! Ai calei-me por alguns instantes...e tive que dar o braço a torcer. Grandes obras da Cultural Mundial foram criadas em momentos de angústia. Vincent Van Gogh, por exemplo, um pintor fabuloso, que so fora prestigiado depois do seu suicídio, que decorreu de frustração profissional.
Podemos ver um outro exemplo com o trecho da música Samba da Benção- Vinícius de Moraes
"..Mas pra fazer um samba com beleza, É preciso um bocado de tristeza, É preciso um bocado de tristeza.Senão, não se faz um samba não.."

E tive que dar o braço a torcer novamente, foi um dos períodos que mais criei.
Criei espetáculos inteiros, personagens intensos... mas os perdi no ar! Talvez se eu vivesse num teatro lotado, as pessoas teriam a possibilidade de conhecer mulheres que passaram por mim nesses momentos de angústia.

Pra tentar me livrar de tudo isso que apurrinhava meu espírito, acendi um incenso e liguei um Mantra.. fiz um chá de ervas com sal grosso e Rosas Brancas, tomei um banho gelado com esponja vegetal, e fui para meu quarto. Fiz uma massagem cuidadosa em cada um dos pés, os enfiei lá com todo carinho e vontade que aquela angústia ou cansaço passasse.. Deitei na cama, e simplesmente dormi. Por alguns instantes, eu simplesmente dormi como criança. Não me preocuparia com nada durante aqueles poucos minutos ! Acordei assustada com a presença de um amigo de família em casa. Levantei correndo, me enrolei na toalha e pus uma roupa ! Pela primeira vez, conscientemente, descansei no espírito.
Acordei dopada. Enquanto dormia, ouvia nitidamente todos em volta.. mas não levantava.
Pra mim, espiritualidade. Pra muitos que leram esse post, cansaço, ou imaginação decorrente da angústia que acordei sentindo! Mas eu sei o que senti, e o que significou pra mim. Isso basta;

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Trajetória



Em um dos mil momentos de reflexão que tenho, estive analisando um pouco determinados momentos durante essa jornada incrível que é a vida.
Uau !
Quantas lembranças, estórias, felicidades, esquecimentos, amigos inseparáveis, pessoas estranhas..
Quantas vidas entrelaçadas, quantas coincidências, quantos momentos que caíram no esquecimento. Quantos almoços forçados enquanto dava nosso desenho predileto. Quantas brigas com os irmãos.Quantos banhos de borracha, praia, cachoeira... Quantas fotos das mais inusitadas caretas, e birras;Quantas brincadeiras no pátio do colégio. Quantos sorvetes depois da aula. Quantas brincadeiras no muro com a vizinha. Quantas músicas exóticas. Quantas palmadas no bumbum, e puxões de orelha. Quantas noites sem dormir. Quantas noites invadindo a cama dos pais !
Que diga eu:
Quantas manhãs acordadas pelo embalo do Dueto entre Raul Seixas e meu pai. Quantas colheradas na boca seja do almoço, lanche ou jantar. Quantos dengos do papai e da mamãe.Quantas brincadeiras na cabana improvisada na sala, com colchas e cadeiras, enquanto passava chiquititas. Quantos puxões de cabelo de coleguinhas de classe que implicavam.Quantos ensaios no pátio da paróquia com amigos de longa data. Ah, quantas paixões. Amores dos mais variados, dos que nunca passaram dos olhares, dos que chegaram ao encostar das mãos... E o primeiro beijo? Com meu melhor amigo! Quando crianças, a ética parece que se esconde. Se camufla. É tudo tão natural. Infantil. Inocente. Primeiro sutiã.Separação dos pais.Primeiro livro completo. Primeira menstruação. Primeiro amor platônico de colégio. Primeiros sonhos mais reais. Ginásio. Primeiro palavrão. Primeiro corte de cabelo. Segundo furo da orelha. Primeiro short curto e apertado para ativar os olhares dos meninos. Ah!tudo tão cautelosamente pensado e estratégicamente armado com as amigas. Primeiro 'fiu-fiu' na rua!Primeira buzinada de um carro. Primeira saída com as amigas sozinha. Primeiro beijo com direito a mãos e suspiro. Primeiro namorado sério no colegial. E ai tudo acima foi se repetindo.. se tornando mais cotidiano.Primeira formatura. Primeira despedida dos amigos de anos. Ensino médio. Responsabilidades a flor da pele. Segunda cortada de cabelo. vigésimo namorado. Umas burradas. Mais burradas. Ixiii sonhos. Sonhos. Sonhos. Realizações, com elas? Mas sonhos.. Faculdade ! Trabalho! Noivo! Término de noivado! Mas namorados.. idades distintas. Gosto diferentes. Primeira conta bancária. Aprendendo a dirigir. E assim vai..

Como um filme, tudo isso que foi vivido em tantos anos, passa em minutos. E um sorriso carinhosamente aparece no canto da boca.

Explosão !

Nem tudo sai como o programado.. às vezes as coisas se desvirtuam.Saem do fluxo que era esperado... Se atropelam. Se encontram.Se desencontram. Se eternizam. Se fundem. Se machucam..
É como o encontro de dois grandes meteoros.
Pra eles,os meteoros, talvez um estrago.. Talvez, se seguido a rota esperada, chocariam-se em um outro planeta. Um satélite. Ou até mesmo explodiriam, com a mesma intensidade que a colisão com o meteoro mencionado acima, mas por causa da velocidade que seguia, não por outro meteoro simplismente invadir seu espaço vital, se assim podemos denominar.
Para outros,como nós, uma explosão surge com esperança... uma estrela. Um sinal divino. Um sorriso. Uma lágrima.. O que um brilho no céu não pode significar, quando precisamos de uma resposta ?!

O problema em si, não é o significado. Mas como acontece.. Talvez, para os meteoros, o problema não seria explodir ou até mesmo ser interrompido. O problema é que as vezes só precisamos 'explodir sozinhos'... Sem motivo. Ou com motivos que sempre estiveram ali, só que não eram motivos pra que houvesse uma explosão daquela proporção.

Às vezes não precisamos de uma explosão no céu, para que se entenda algo ou para que a esperança volte.Às vezes, uma ligação não atendida. Um olhar que deixou de ser correspondido.Um sorriso forçado... qualquer simples ação pode desencadear num novo começo.Numa nova explosão. Em uma nova estrela.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Uma certa hora da noite.







Ela não dormiu de novo!
Rolou a noite inteira na cama como acontecera nas ultimas cinco noites.. Se lembrando, de um passado que não poderia ter voltado. Seja ele fazendo bem, ou mal !
Quando o passado decide voltar traz tudo de volta com nitidez. Os cheiros, as vozes, os lugares, os olhares...as traições, as brigas,as revoltas, as vinganças.. Traz o gosto amargo do velho. Do repetido. Do regredido.

Acendeu a luz do abajur devagar, enquanto juntava as pernas e levantava da cama.
Foi ate a cozinha com os pés no chão e enrolando o cabelo.
Bebeu um copo d'agua e sentou-se na mesa.
Desde pequena, via seu pai sentado da mesma forma sempre que perdera o sono, seja lá por qual motivo!
Olhou todo o seu apartamento.Quando o passado volta, até mesmo as coisas novas nos fazem retornar a alguma cena. Independente do tempo em que estejam com você. A parte 'boa'? Ela relembrava das brigas.. das lágrimas.. os detalhes tão cuidadosamente apagados, ou melhor, arquivados vieram a tona.
O telefone toca de novo. O mesmo número de cinco dias. Ela simplesmente ignora como vinha fazendo desde que atendera a primeira, e reconhecera a voz.
Ela desliga, e se deita... encolhida.. com os cabelos cobrindo-lhe o torax,ela respira fundo.. e sorrir.

Sorrir por estar liberta. Sorrir por estar sozinha, por ter optado por isso sem medo, por caminhar com suas próprias pernas, por dirigir o seu próprio carro quando tarde da noite. Sorri por dormir não tão mais sozinha. Ele não compreendia que não bastava estar lá, tinha que se fazer presente no olhar, no toque, nas palavras, na carne. Não no simples estar. Tinha que sorrir junto, olhar junto, rezar junto, pensar junto.. E agora ela fazia sozinha por preferência. Gostava de contar só com ela nas noites quentes..

E se virou. Desligou o abajur com delicadeza. Sem barulhos... fechou os olhos.. e dormiu. A gente sempre dorme uma certa hora !

sábado, 23 de janeiro de 2010

O que fazer quando entendemos o óbvio ?




(Sorriso) Tudo foi entendido e programado com delicadeza. Agora, o que invadia o seu corpo não era mais a dúvida, mas sim, um conflito entre adrenalina e vontade. Duelo entre prudência e ousadia.
Ela começara a entender, que nem todas as pessoas concordavam com seus sonhos, e não eram obrigadas a concordar, caso não tirassem um proveito disso tudo.Descobrira a chave dessa magia: A arte de imaginar e produzir sozinha.
Parece fácil, mas quando você se vê prestes a começar a realizar um sonho, tem que dividir isso com alguém. É natural. Não conseguimos carregar um 'fardo' sozinhos, seja ele bom ou ruim. Somos programados a compartilhar.

E já no começo ela percebeu que para conseguir, o silêncio seria fundamental.

Pensou. Escreveu. Analisou. Pôs tudo no 'papel' e voilá, tudo com suas vírgulas e pontos nos lugares certos.
Respirou fundo. Colocou uma senha no arquivo, para garantir que nenhum mexeriqueiro ousasse em entender seus objetivos. Respirou fundo e fora trabalhar... a propósito, teria de fazer muito isso nos próximos três anos. Os alicerces do seu segredo é uma receita equilibrada entre dinheiro, sonhos e realizações. (Sonhos e realizações podem soar como sinônimos, mas se analisar bem, são extremos.)

Chegara às 9 hs da manhã. Tomara um café forte,e fora pra sala..Trancou-se olhou para sua mesa. Só havia papéis.. Projetos interminados,e-mails não lidos, contratos a assinar. Levantou a sobrancelha sutilmente enquanto mordia os lábios, e deu a ultima e tensa golada no café. Foi pausadamente organizando por ordem de importância.Em 6 hs maçantes de trabalho exaustivos acabara tudo. Foi almoçar já na hora do café das 4hs em Londres... Almoçou e subiu até o escritório comendo uma pêra e cantarolando. Ficou o resto do tempo trabalhando no seu projeto. Saiu do trabalho e foi pra casa... organizou umas coisas e lembrou de algo que não fazia a anos. Montou seu telescópio, fora pra cima da casa e ficou horas a contemplar a imensidão do universo (...)
E lembrara de trechos de um dos seus livros preferidos... Pequeno príncipe.

"—Tu és ainda para mim um garoto igual a cem mil outros garotos.
E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim.
Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas se
tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim ÚNICO no mundo. E eu serei para ti única no mundo..."

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Inaceitável.


Estive lendo umas colunas de Jornal hoje, e sou brutalmente impressionada com a confissão de Jânio Quadros, no leito de morte à seu neto, Jânio Quadros Neto.
Em confissão, ele explica o motivo de sua renúncia, e como sentia se mal referente ao ocorrido posterior a esta !
Inaceitável. Jânio, queria voltar ao poder nos 'braços do povo', como Vargas. Até mesmo sua carta de renúncia, se parece muito com a carta suicida de Vargas.


"Eis trechos do diálogo entre o ex-presidente e o neto,no hospital.As palavras de Jânio não deixam margem de dúvidas sobre a renúncia :

-‘’Quando assumi a presidência, eu não sabia da verdadeira situação político-econômica do País. A minha renúncia era para ter sido uma articulação : nunca imaginei que ela seria de fato aceita e executada. Renunciei à minha candidatura à presidencia, em 1960. A renúncia não foi aceita. Voltei com mais fôlego e força. Meu ato de 25 de agosto de 1961 foi uma estratégia política que não deu certo, uma tentativa de governabilidade. Também foi o maior fracasso político da história republicana do país, o maior erro que cometi(…)Tudo foi muito bem planejado e organizado. Eu mandei João Goulart (N:vice-presidente) em missão oficial à China, no lugar mais longe possível. Assim,ele não estaria no Brasil para assumir ou fazer articulações políticas. Escrevi a carta da renúncia no dia 19 de agosto e entreguei ao ministro da Justica, Oscar Pedroso Horta,no dia 22. Eu acreditava que não haveria ninguém para assumir a presidência. Pensei que os militares,os governadores e,principalmente,o povo nunca aceitariam a minha renúncia e exigiriam que eu ficasse no poder. Jango era,na época,semelhante a Lula : completamente inaceitável para a elite. Achei que era impossével que ele assumisse, porque todos iriam implorar para que eu ficasse(…) Renunciei no dia do soldado porque quis senbilizar os militares e conseguir o apoio das Forças Armadas. Era para ter criado um certo clima político. Imaginei que,em primeiro lugar,o povo iria às ruas, seguido pelos militares. Os dois me chamariam de volta. Fiquei com a faixa presidencial até o dia 26. Achei que voltaria de Santos para Brasília na glória. Ao renunciar, pedi um voto de confianca à minha permanencia no poder. Isso é feito frequentemente pelos primeiros-ministros na Inglaterra.Fui reprovado.O País pagou um preço muito alto. Deu tudo errado’’."

Revoltante.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Baseada em fatos reais !









E ela simplesmente não ligou.

Não que não tenha sentido vontade, talvez fosse só uma forma de se proteger.
Chegou em casa umas 8 hs da manhã, tirou a roupa ainda com cheiro dele, e tomou um banho demorado.. deixou umas lágrimas cairem, e uns sorrisos aparecerem. Nada que com algumas horas de sono fossem passar. Descansou menos de duas horas, e despertou.
Pegou o vestido mais largo que encontrara e fora sair um pouco.
Manhã de sábado.Primavera. Um tempo perfeito para ficar sozinha.
Desceu até a rua, andou algumas quadras, e lá estava. O paraíso;
Um mar com uma ressaca que impressionava.
Tirou as sandálias brancas, e molhou os pés, como de costume.
Fez uma oração singela, e se sentou na areia morna.
Havia algumas crianças correndo, e alguns casais namorando. Mas desta vez, ela nem pode prestar muita atenção como sempre fizera. Estava com a cabeça cheia de coisas para parar de pensar.
O cheiro do mar impregnava seus cabelos, sua pele arrepiava devagar,as lágrimas e os sorrisos apareceram novamente, entretanto, com um outro sentido.
Ela preferiu ser imparcial. Nunca tivera tempo para não pensar em nada específico. Sempre os problemas, ou os agradecimentos para pensar no cenário predileto.
Respirava calmamente, e emitia uma melodia se balançando devagar.

(Relato pessoal)

Depois de algumas horas naquela atitude de contemplar a ressaca, e ignorar o semblante dos coadjuvastes, levantei e sai.
Voltei pelo mesmo caminho que havia chegado.
As pessoas se divertiam numa feira Hippie próxima a praia.E eu começava a me arrepender de não ter levado a câmera. Gosto de fotografar o natural.O imprevisível.

Fui pro meu apartamento, tomei outro banho, e pus meu macacão de todos os sábados. Fui pra varanda, peguei uma tela em branco, e ... não tinha nada pra pintar.
Tirei o macacão pus uma calça com blusa branca, e entrei no carro.
Dirigi ate a casa de uma amiga, e não entrei. Quando já estava entrando no carro novamente, ela me avista.
"- Ei! Já ia embora... Sai e não avisei ninguém, Jorge disse que eu não estava ?!"
"- Ah! Não, eu só vim comprar um livro, e casualmente estacionei o carro aqui. "
"- Ah, mas onde está livro ?!"
"- A livraria estava fechada." (Hesitei)
"- Sophie, a livraria está aberta desde às 9 hs. O que houve? Como se não te conhecesse!"


Nesse exato momento ela me abraça. Eu vejo Jorge saindo,e nos deixando uma casa, garrafas de vinho e uma história triste para ser retratada. Tudo o que eu não queria.

"- Sophie, o que faz aqui querida, qnto tempo !!!" disse Jorge sorrindo
"- Olá Jorge, estava por perto, e decidi parar."
"- Amor, já vai?!" disse Luciana
"- Já querida. Vamos jantar fora hoje, ok!? Te amo. Estou atrasado."
"- Ok amor! Tb te amo. Se cuida"
"- Um prazer reve-la Sophie, apareça.. "
Só fiz um sinal com as sobrancelhas... e um sorriso forçado.

Entramos. Ventava forte...e meus cabelos se embaraçavam.
Luciana, como sempre ! Tirara o casaco. E fora pra cozinha. Pegou o vinho, e taças.
E só me olhou !
Fui dizendo tudo sem detalhes.
E ri no final. Não queria ele por perto. Nem sei se aquele era o verdadeiro nome dele. Mas recordava-me daquela cena com outro protagonista.
Algumas horas passaram, e no final me fez bem ir ao encontro de Luciana, ela sempre sabe o que me dizer nesses momentos.

Final de tarde, já estava melhorando.
Fui no meu ateliê perto da praia. Entrei. Organizei umas papeladas da próxima exposição. Tirei as fotos do varal, e fui cobrindo as pinturas.

Quando sai já era noite, e lembrei da existência do celular.. decidi dar uma olhada. Algumas milhares de chamadas não atendidas... Entre elas, mensagens de um nº desconhecido.

"Tenho certeza que está sentindo o mesmo que eu. Mas isso passa! Nada como outra noite, com um outro alguém, em outro bar."

Ignorei com um nó na garganta, e aceitei o convite de uns amigos. Outro bar.
Outra situação. Outro encontro casualmente previsível.